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Páscoa

Dani Raphael

Através de um beijo, ele foi traído

Entregue aos falsos moralistas

Crucificado por pregar o amor

E hoje continua por aí,

Acolhendo os famintos e necessitados

Os abandonados e rejeitados

Dando pão da vida

Para quem não recebe nada além da dor.

Através do seu sangue

Escorrido pela cruz do calvário

Todos se beneficiaram,

até mesmo aqueles que lhe causaram dor,

Aqueles mesmo que gritavam

Enquanto o véu no céu se rasgava

Ele é um pecador.

Rei dos Reis

Coroado e inflingido em uma coroa de espinhos

Por pregar o amor a quem não pode ser amado

_ele é louco, solte Barrabás

_Solte Barrabás

_solte Barrabás

Milênios se passaram

E a voz dos hipócritas continua ecoando

Em meio a mesas fartas, que celebram a Páscoa

E seus milagres perdoados

Mas condenando a todos e a tudo que não se encaixam no padrão-moral-fariseu

Ah! fariseus,

Que se apoderaram de um amor e de uma graça que é de todos,

Regurgitando suas injúrias e seus pré-conceitos enquanto dizem em meio a sua ceia de Páscoa:

_tortura é o que merecem, todos aqueles que não obedecem nossas leis, pois somos nós, os únicos detentores da palavra

Mas eis a questão, que palavra?

Se ele, em sua morte e ressurreição só nos ensinou que a única é exclusiva verdade é o amor.



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