Uma taça de vinho
Meus toques, eu, meus dedos...
Deslizando sobre o gargalo da garrafa
Como se aquele vidro frio
Fosse minha extensão.
Dialogando com minha alma
Sentindo a pele arrepiada
Imaginando como seria
O deslizar dos teus dedos em mim.
Meus lábios ainda úmidos
Pelo líquido aveludado
Enrubescem minha face,
Da qual me escondo envergonhada
Pelos desejos que tomam conta da mente,
O querer sentir o vinho
Deslizando sobre minha pele quente.
Dani Raphael
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