Ah! Se te contassem a verdade...
Tudo começa na gestação; dores nas costas, mudanças no corpo, as terríveis estrias e depois o parto —a temível anestesia geral, e a dor que vem em seguida; resultado do corte profundo em nossas barrigas.
Noites sem dormir, privação no nosso Eu e das nossas vontades. Mas, mesmo com todos os contras, a alegria de termos nossos filhos crescendo nos braços, a doçura de receber um abraço, a oportunidade de ver aquele ser se desenvolver, não tem preço.
Se me dissessem tudo isso há 18 anos, responderia da mesma forma que agora — vou pagar pra ver. Pois desde o momento que descobrimos essa realidade sendo gerada em nosso ventre, deixamos de viver o amor singular para vivenciar sua pluralidade.
Por Dani Raphael
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