Por Dani Raphael
Quando eu era pequena, imaginava como seria o dia do meu casamento. Desenhava vários vestidos de noiva e todos eles tinham algo em comum, as flores.
A vida não me presenteou com este sonho e por muito tempo deixei de desejá-lo.
Tinha certeza que que nunca poderia realizá-lo. Hoje já não crio mais expectativas, mas sei que se acontecer, será um dos dias mais lindos da minha vida.
Mas não estou aqui para falar dos sonhos que não se realizaram e nem para lamuriar sobre tudo que passou.
As questões que povoam a mente neste instante, são os lírios e a paz.
Será que a paz não passa de utopia?
Será que um dia veremos a pureza dos lírios brancos estampados no olhar?
Até que ponto a sociedade pode corromper um indivíduo?
Será que desaprendemos amar?
Acredito que o tempo não tenha sido um professor risonho para a maioria de nós e cada um sabe o tamanho das suas feridas.
Mas nesta tarde, onde o mundo do meu quarto parece estar parado, passei a desejar um pouco mais de paz.
Percebi que costumo desejar tantas coisas.
Um carro novo, uma boa reserva de capital, a formação dos meus filhos, até um blazer novo eu andei desejando.
Mas e a paz?
Essa deixei guardada como um sonho numa caixa, empoeirada em cima da escrivaninha.
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