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Foto do escritorDaniele Helena

Léo, o rei da floresta

Por Dani Raphael

 

O céu já estava alaranjado

Quando dona onça saiu da sua toca e foi tomar seu banho

La no riacho

_mas que barulho é esse, pensou dona onça toda assustada, parece o choro de um gato

E dona onça,  com seu faro e seus ouvidos aguçados

Passou a procurar entre as folhas secas e os galhos

E lá estava ele, um pequeno gato todo assustado.

_oh, pequeno,  o que faz perdido por este lado, cadê sua família,  cadê os outros gatos

-e o pequeno, olhou pra ela com os olhos esbugalhados e cheio de lágrimas disse, eu tô com fome, com frio e cansado

Dona onça mais do que depressa, pegou o pequeno em seus braços e o levou pra sua toca, onde tinha cama quentinha e muita comida

Os dias foram passando e dona onça toda encantada com as graças que o pequeno gato, fazia em sua casa

_De que espécie será esse gato, ele não tem pintas,  e nem parece um gato da cidade, começou se questionar.

Alguns meses se passaram, e entre eles o amor só aumentava, até que o pequeno perguntou, se a dona onça queria ser sua mãe

-meu pequeno,  quanta honra sente meu coração,  mas acho que você já deve ter uma mãezinha, uma linda gatinha, que deve estar bem triste te procurando

Naquela noite decidiram que logo cedo, quando o céu ficasse azul bem clarinho, eles iam juntos procurar onde estava o ninho de gatinhos.

Alguns dias se passaram, até que dona onça encontrou na mata, uma Leoa ferida, com a pata quebrada

_fique aqui escondido meu menino, vou ver do que se trata

Dona onça, como era muito boa, se aproximou e perguntou

-como você foi machucada

E a leoa respondeu, -foi numa destas tardes, em que eu bebia água com meu pequeno Léo no riacho, e um caçador apareceu, tentando pegar meu filhote,

Carreguei meu filho pela boca  e atravessei correndo para o outro lado do riacho, deixei ele escondido no meio dos galhos e tentei o caçador,  despista-lo

Foi então que cai na armadilha e fiquei com minha pata ferida e meu filho perdido na mata.

Naquele momento dona onça entendeu,  que aquele na verdade não era um gato, era um filhote de leão, Léo,  o rei da Selva.

Léo, vem até aqui, pode vir sem medo, Aqui esta sua mãe , que te procurava faz tempo.

E dona onça por já amar aquele leão como seu fosse seu filhote, convidou sua nova amiga

Para morarem juntas, na sua toca, onde tinham camas quentes e muita comida

E os três foram pra casa

Onde Léo cresceu forte e feliz, e hoje reinando na selva, sempre  conta para os seus netos

O quanto teve sorte na vida

Por ter sido criado por duas rainhas, a mãe leoa que lhe ensinou a governar a selva e a dona onça,  que lhe ensinou a reinar na floresta.


Desenho autoral



 

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