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Crônicas de uma morte em vida

Por Dani Raphael

Sei que este texto vai parecer clichê e sei que mesmo depois da leitura, a maioria das coisas vão ficar no mesmo lugar, mas preciso dizer o que grita no meu peito neste exato momento  Onde observo a vida, a partir da morte , a partir da partida para outro plano qualquer;se é que existem outro planos.Tudo é tão finito, tão cheio de dias contados, como conta gotas nas mãos de um louco qualquer, que dita o que o caminho e as armadilhas que temos que aprender a desviar Altas e baixos, pedras, tempestades e manhãs de sol...Tudo é finito,  eu sou finita, e por mais que queira deixar meu nome gravado num papel qualquer, não há como proteger meus sonhos da fúria do fogo,  da fúria das águas. E tudo passa, como um raio que desponta no céu e só ouvimos o barulho, e só observamos o rastro dele se apagando, nada mais.E mesmo sabendo que o tempo de vida é o de um inspirar e expirar, como medíocres infantilizados,  preferimos perder estes milésimos de instantes mergulhados no egoísmos das nossas crenças-dores ao invés de nos experenciarmos em arte-vida,Deve ser porque é mais fácil viver sobre os olhares de adulações despertos por piedade; e olha que não estou ilegitimando a dor; estou apenas reverberando o nosso ato de nos vitimizarmos...E hoje eu decido não ser mais vítima de mim, espero que você também.

Imagem pexels

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